quinta-feira, junho 03, 2004

UMA IRMÃ DE 4 PATAS

Nunca tinha visto
um olhar semelhante
um sofrimento ausente
uma proximidade distante

Sinto a nostalgia
de tantos momentos vividos
a alegria dos teus latidos
ecoa, hoje, nos meus ouvidos

Sinto a confusão
de alguém que é humano
como é possivel amar
um cão (!!!)
como a um mano

Depois de tudo
fica o teu olhar
naquele instante
tão perto de mim
e invulgarmente distante

Sinto a tua dor
nos teus olhos aflitos
consigo ouvir
no teu silêncio
a tua alma aos gritos!

És a minha irmã
peluda, de 4 patas,
ficarás dentro de mim
mesmo que, em breve, partas...

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